Conheça os direitos de quem está insatisfeito com o sinal do celular

Conheça os direitos de quem está insatisfeito com o sinal do celular

O celular se tornou tão popular no Brasil que alguns o consideram uma extensão do corpo humano. A dependência é tão grande que já há mais celulares do que habitantes no país. Hoje, são 194 milhões de brasileiros e 242 milhões de aparelhos de telefonia móvel.
Segundo um levantamento da Teleco Inteligência em Telecomunicações com base em dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),  no estado de São Paulo são 60 milhões de aparelhos. Em Minas Gerais são 24 milhões e no Rio de Janeiro são  22 milhões. O Triângulo Mineiro tem 2,8 milhões de celulares cadastrados (média de 1,27 celular por pessoa). Na região Centro-Oeste do estado são 1,21 celular por pessoa, totalizando 1 milhão de celulares.
Os números crescem a cada dia, mas a insatisfação com o serviço também. A dona de casa, Marlene Martins é uma das inúmeras consumidoras insatisfeitas. "Às vezes chama, mas não completa a ligação, estou tendo essa dificuldade", disse. Já o mototaxista Washington Silva, que depende do aparelho para trabalhar, também não está contente com a operadora. "A ligação fica com chiado, falha e não tem como ouvir a outra pessoa", contou.
A má qualidade do sinal trouxe para o empresário Lucas Rodrigues situações constrangedoras. "Quando tocava o telefone dentro da empresa eu tinha que sair correndo para atender porque lá dentro a ligação caía", explicou. Rodrigues chegou a trocar de operadora três vezes. Hoje está um pouco mais satisfeito, mas ainda tem problemas. "Eu fico um tempo falando e depois cai a ligacao, mas está razoável", completou.

A dificuldade pra fazer uma ligação não é o único problema para quem usa o celular. O aparelho móvel é cada vez mais usado para enviar e-mail e acessar as redes sociais. E quanto mais recursos um celular tem, mais eficiente a área de cobertura deve ser. Isto vale para os celulares com tecnologia 3G, que já somam 33 milhões no Brasil.
A causa do problema os usuários não conseguer ver, apenas sentem. Mas o professor de Ciências Computação e também doutor em redes, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Rafael Pasquini, comentou que existe uma solução e só depende das operadoras. "Como hoje temos mais de um celular por habitante é preciso ter uma maior área de cobertura das operadoras e para isso é preciso aumentar o número de antenas. Isso diminui a quantidade de aparelhos por antena melhorando o sinal disponível para os usuários", explicou Rafael.
Os consumidores que tiverem o sinal interrompido têm direito a ter desconto na fatura. O Superintendente do Procon de Uberlândia, Franco Cristiano Alves, disse que é fundamental anotar o número do protocolo quando alguma reclamação é feita para a operadora. "O consumidor não precisará provar que teve o sinal interrompido porque isso é difícil para ele. Neste caso, a operadora terá que provar que o sinal chegou ao celular. Basta ir ao Procon que nós começamos o processo de investigação", contou Alves.
G1