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9 de jan. de 2013

Baixo nível de Furnas afugenta turistas e leva prejuízo à região


O presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa, em entrevista concedida à Folha de São Paulo, afirmou que os prejuízos suportados pelas 34 cidades que margeiam o lago, acumulam mais de R$ 100 milhões, desde setembro do ano passado, em virtude da repentina baixa do nível das águas.  
A realidade, segundo ele, é que houve verdadeiro sumiço de turistas, baixa nos investimentos em empreendimentos de lazer e perdas na agricultura, pecuária e piscicultura.  
O turismo, segundo Fausto, é o setor mais prejudicado. São cerca de 300 hotéis, pousadas e clubes nos 34 municípios, que desde o final de 2012 viram cair pela metade o número de visitantes. O baixo movimento já causou demissões.  
"A atividade de lazer fica limitada. Tínhamos campeonatos de jet-ski, concursos de pesca, passeios de barcos, esportes náuticos", afirmou Fausto ao enviado especial da Folha quando também lembrou que os setores da agricultura e da pecuária também são seriamente afetados, pois a água do lago é utilizada para a irrigação de culturas, além servir para a dessedentação do gado. A escassez acaba gerando custos extras a produtores.  
Analisando a situação nacional  
Das dez usinas hidrelétricas mais potentes em operação no país, apenas Itaipu opera com reservatório em situação próxima da ideal: 79% da capacidade de armazenamento de água.  
Levantamento feito com base em relatórios do ONS (Operador Nacional do Sistema) mostra que seis usinas estão com suas reservas abaixo da metade, entra elas Tucuruí (no Pará, a maior totalmente em território brasileiro), com armazenamento próximo a 26% do volume total.  
Em situação semelhante estão São Simão (GO) e Foz do Areia (PR), que precisam praticamente quadruplicar seus níveis atuais para chegar à capacidade máxima.  
Enquanto a chuva não é suficiente para elevar os níveis dos reservatórios, as usinas de Itumbiara (GO) e Porto Primavera (SP), por exemplo, estão gerando energia com água abaixo dos 10%.  
Cada usina tem um nível próprio de armazenamento para caracterizar um quadro alarmante.  
O ONS diz que, enquanto houver água para mover as turbinas, as empresas continuarão gerando energia, em maior ou menor proporção.  
Opinião de quem entende do ramo  
Durante o Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos realizado em 2011, especialistas da área hidroenergética debateram exaustivamente a questão do aumento do risco de falha no sistema de geração de energia em função da pouca acumulação de água nos reservatórios que sofreram ao longo dos anos, diminuição em sua capacidade de armazenamento, em virtude do assoreamento a que estão sujeitos.  
O professor João Luiz Boccia Brandão, professor de recursos hídricos da USP (São Carlos, SP) é de opinião que a expansão desse sistema tem ocorrido fundamentalmente com base na implantação de usinas que não contam com reservatórios de "regularização de vazões" aqueles que acumulam as águas em excesso das cheias para serem usadas na estiagem.  
Segundo ele, a expansão da capacidade geradora tem que vir acompanhada da correspondente implantação de novos reservatórios de acumulação; caso contrário, a confiabilidade do sistema tende a diminuir, o que aumenta o risco de racionamentos.  
Crime ambiental: mais importante que achar o culpado é evitar o crime  
A partir de denúncia formulada por este semanário, após ouvir ambientalistas e especialistas de notório saber sobre o assunto, o Ministério Público de Minas Gerais, por iniciativa da competente promotora Luciana Imaculada de Paula, coordenadora estadual do Grupo Especial de Defesa da Fauna, já se movimenta no sentido de apurar responsabilidades e cobrar soluções práticas em favor do meio ambiente, uma vez comprovada a ocorrência de grave crime ambiental, em função da atual situação do nível das águas do que antes, foi o maior lago artificial deste estado.  
A reportagem apurou que um grupo especial para cuidar do grave assunto, foi constituído dentro do Ministério Público e arqueólogos, ictiólogos, ornitólogos se somarão a especialistas de diversos outros ramos, para que juntos encontrem soluções que futuramente evitem situações como esta que hoje, infelizmente, se tornou realidade. Basta que se faça uma caminhada pelo entorno do que antes era lago, para que se observe a enorme quantidade de seres, até então vivos, ali dizimados.  
Sem dúvida, mesmo que o nível da água, volte logo ao estado anterior, durante os próximos anos sofreremos com a proliferação de algas e com menor potabilidade das águas, uma vez que os elementos naturais de filtragem, antes atuantes, foram em sua quase totalidade destruídos. A população de espécies bivalves, importante neste processo, está praticamente dizimada e precisaremos de décadas para que ela se recomponha.  
Repercussão na Imprensa  
Hoje, felizmente, a matéria já repercute em boa parte da chamada grande imprensa, o que, em ultima análise, obriga o governo a se explicar. Mas, além disso, é preciso que se respondam ainda a algumas questões:  
1 – Que medidas Furnas tomou desde a sua fundação para evitar o assoreamento do lago, o que diminui em muito sua capacidade de armazenamento?  
2 – E as demais empresas hidrelétricas onde o mesmo problema é igualmente recorrente?  
3 – Por que usinas de geração eólica, construídas e em condições de gerar energia continuam paralisadas, e seus investidores sendo remunerados como se estivessem entregando energia para o consumo?  
4 – Por que Furnas está com pouco mais de 12% de volume de água armazenada, se Itaipu, que recebe também água daqui, ostenta quase 80% de estoque?  
5 – Como é que o próprio governo federal, antes das eleições, mais que acenou, investiu e destinou verbas para que se viabilizasse a implantação de uma hidrovia em Furnas? Hidrovia funciona em cima de leito seco?  
6 – A média dos índices pluviométricos na bacia de Furnas, nos últimos dez anos, assim como o crescimento econômico (que foi pífio), seriam capazes de justificar, por si só, a repentina baixa do lago?  
7- O uso múltiplo das águas, é ou não, direito garantido pela Constituição?  
8 – A vontade da presidenta Dilma de promover a redução das tarifas de consumo de energia, a partir da constatação de que a parcela relativa à remuneração pelos investimentos havidos no setor, há muito já se expirou, teria influenciado na atual situação, que provoca, inclusive, o emprego de termoelétricas e de outras fontes para suprir a demanda, provocando aumento de custos o que, talvez, venha a ser usado como moeda para se impedir que o bolso dos contribuintes seja ressarcido de parte daquilo que lhe foi compulsória e indevidamente cobrado?  

Com informações do G1, Folha de São Paulo e ONS

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